Projeto de identidade gráfica
para o Chef Pedro Lemos.

O restaurante abriu portas em 2009 e desde o início torna-se um dos mais conceituados restaurantes no Porto. Em 2014 é o primeiro da cidade a ser consagrado com uma estrela no guia Michelin, que renova desde então.

Situado na Foz do Douro, numa casa classificada como património arquitetónico, o restaurante está numa das mais belas e emblemáticas zonas históricas da cidade Invicta. É um espaço dentro do qual podemos dar asas à nossa imaginação, onde honramos a natureza e a criatividade na busca de uma experiência gastronómica sensorial. Este projeto explora o lado mais selvagem do Chef onde a pureza e a simplicidade definem o que quer fazer pelo espaço.

O restaurante vive dessa identidade, dessa composição dramática, dos pensamentos mais brutos do Chef.

PROJETO

  • branding
  • website

PRÉMIOS

  • Bronze
    Clube dos Criativos 2021
  • Prata
    FEPi Festival de la Publicidad Independiente 2021
  • Bronze
    Art Directors Club of Europe 2021

"SE EU SINTO QUE NÃO ME ADAPTO A ESTE MUNDO, É PORQUE NASCI PARA CRIAR O MEU."

PEDRO LEMOS

A construção deste logo parte da premissa da criação de um símbolo que fosse representativo do “ser”, da sua personalidade, do seu ego, da sua visão e da sua atenção para com o detalhe.

Com estas diretrizes o desenho ficou compreendido dentro dos limites de uma proporção áurea, onde foram geometrizadas as palavras “Pedro” + “Lemos” levando o desenho para o campo figurativo.

Estes limites serviram ainda para desenhar uma grelha que se transporta para os suportes de comunicação da marca.

O resultado é um símbolo figurativo do seu alter ego.

A identidade visual da marca passa apenas pela leitura do símbolo deixando que este se apodere do seu universo. A leitura de “PEDRO LEMOS” é dada de forma tipográfica, não existindo regras na sua convivência com o símbolo e surgindo apenas de forma complementar à marca.

Apresenta-se de forma livre nos suportes de comunicação.

O branco como “não cor” tem a condição de “não existir”, ao ponto de chegar ao vazio. Apesar do vazio não significar “o nada”, em muitos casos aporta a condição na qual será preenchido com conteúdo no futuro.

Na base deste conceito a aplicação do branco é determinante para a criação de um suporte para a comunicação. O branco influencia a relação das pessoas para com a ideia de perfeição e da plenitude.

O ato de imprimir preto sobre branco carrega em si uma contradição com esta condição. O lado contraditório, irónico e promíscuo do Chef incentiva-nos a explorar estes conceitos, fazendo um pingue-pongue entre branco sobre branco, branco sobre preto e preto sobre branco.

A pureza e a perfeição estão espelhadas no cartão de visita. Nas costas, coabitam o vazio e a contradição presentes quer na impressão a preto, quer na ironia da afirmação: “Isto não é um cartão de visita”.

O contexto atual, conjugado com a ironia e promiscuidade do Chef, leva-nos à exploração de uma referência que é retratada numa alegoria onde o beijo entre o Chef e o cliente é interrompido por este cenário.